A transição entre a caminhada e a corrida é um momento delicado que exigirá adaptações no organismo e, principalmente, mudanças graduais no treino para garantir a segurança. Se você já está preparado para este novo desafio, que tal começar a correr em 30 dias?
Momento decisivo – A corrida exige mais das articulações do quadril, joelho e tornozelo, por isso as mulheres acima do peso precisam tomar um cuidado especial. “A pessoa precisa perder peso para correr e não correr para perder peso”, alerta Luciano Capelli, fisiologista e coordenador de preparação física do São Bernardo Futebol Clube.
O novo estímulo também irá fornecer um aumento gradual da freqüência cardíaca, respiratória e do consumo de oxigênio. “Com o tempo, estas alterações provocam melhora do condicionamento físico e promovem resultados positivos na saúde”, completa Capelli.
Devagar e sempre – “É necessário adaptar o sistema músculo-esquelético ao impacto da corrida, o que envolve ossos, tendões, cartilagens, músculos e ligamentos”, explica Renato Dutra, supervisor-técnico da assessoria esportiva Run&Fun.
Como indica Dutra, os treinos devem ser aumentados gradativamente: “Nas 4 primeiras semanas, haverá aumento da duração dos intervalos de corrida, mantendo a intensidade a menor possível”. E, antes de cada treino, o aquecimento (através de uma caminhada) irá preparar o corpo para intensidades maiores.
De acordo com o diretor da LEG Assessoria Esportiva Fábio Avelar, o segredo para completar a meta em 30 dias é estabelecer pequenos desafios semanais para não sobrecarregar o corpo. “A principal dificuldade será a percepção de esforço, ou seja, saber mensurar o estímulo da corrida e o momento da caminhada para recuperação”, completa Avelar.
Compromisso sério – Manter um equilíbrio entre o treinamento e o descanso é a chave para obter segurança e evitar o overtraining. Recomenda-se manter uma regularidade de três treinos por semana, sendo que há um intervalo de 48 horas entre um e outro.
O descanso é fundamental e representa um incentivo ao condicionamento cardiorrespiratório e músculo-esquelético. “Haverá uma supercompensação no day off, proporcionando ganho de condicionamento e progresso nos treinos”, comenta Avelar.
Fonte: Revista W Run
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